A Internet faz parte do mundo, criando uma imensa rede de conexões.

Dia da Internet Segura

Cada vez mais, também fruto da situação pandémica que vivemos, estamos conectados grande parte do tempo, com pessoas, serviços e instituições, todos cada vez mais presentes no nosso quotidiano.

A Internet é fruto do que fazemos com ela, por isso cada um de nós pode contribuir fazendo um uso cidadão e responsável. Pessoas, grupos, empresas e instituições públicas, todos a utilizam e todos nela participam.

O Safer Internet Day (Dia da Internet Segura) é uma iniciativa anual com objetivo de envolver e unir os diferentes atores, públicos e privados, na promoção de atividades de conscientização em torno do uso seguro, ético e responsável das TICs, nas escolas, universidades, organizações e na própria rede. Com esta motivação, o Dia da Internet Segura, criado pela Rede Insafe na Europa, reúne atualmente mais de 140 países de forma a estimular um uso livre e seguro.

Em 2021, o dia é assinalado a 9 de fevereiro.

As principais preocupações dos utilizadores devem ser a privacidade, prevenir o cyberbullying, evitar conteúdos impróprios, partilhar informações de forma segura e evitar golpes.

Uma conduta imprudente online pode expor crianças e adolescentes ao contato com estranhos mal-intencionados. No entanto, convém referir que não são só os menores de idade que estão sujeitos a riscos. Os adultos são, com frequência, vítimas de golpes como phishing (roubo de dados) e extorsão.

Assim, deixamos aqui algumas dicas que o leitor possa seguir para se manter seguro.

  1. Não clique em emails suspeitos

O e-mail é uma forte fonte de ataque e um dos principais canais para a prática de phishing. É importante ter cuidado com mensagens que parecem ser de entidades bancárias e solicitam troca de senha, alertam sobre tentativas de fraude à conta ou oferecem algum seguro de graça, por exemplo.

Para verificarmos a veracidade do e-mail, devemos conferir o endereço do remetente e ver se a comunicação contém anexos com a extensão .exe, ficheiro executáveis para sistemas windows que, muito provavelmente carregam vírus ou spyware.

Não abra estas mensagens e apague-as imediatamente.

  1. Não concorde com os termos de utilização das lojas online sem os ler primeiro

Se já se registou em um site de e-commerce, provavelmente saltou a leitura de um texto longo, exibido em letras pequenas, e marcou diretamente a opção “Eu concordo com os termos e condições de uso”. Embora comum entre os utilizadores da Internet, esta prática é prejudicial à segurança. Isto porque esse documento funciona como um contrato entre o comprador e a loja e é indispensável para a segurança do negócio.

Os termos de uso tratam de questões como a incidência ou não de portes, juros e impostos; tempo de entrega dos produtos, possíveis procedimentos de devolução e programa de descontos. Assim, é preciso prestar atenção se o texto esconde cláusulas que ferem o Código de Defesa do Consumidor. Já na Política de Privacidade, a empresa demonstra como cuidará e lidará com as informações privadas registadas pelos clientes na sua base de dados. É importante saber, por exemplo, por quanto tempo esses dados serão armazenados na memória da loja e se serão ou não compartilhados com outras empresas.

  1. Não poste fotografias ou vídeos sem autorização das pessoas envolvidas

Respeitar a privacidade alheia é uma atitude especialmente necessária no ambiente online. Caso deseje postar uma foto em que aparecem outras pessoas, certifique-se de que elas estão de acordo com a publicação.

Se o registo envolve uma criança ou adolescente, a autorização deve ser pedida aos pais ou encarregados de educação. No ambiente escolar, jamais poste fotos ou vídeos dos alunos na Internet.

Lembre-se que redes sociais como Facebook, Twitter e Instagram oferecem a opção de desativar a marcação automática de fotos, prevenindo a associação do perfil a fotos constrangedoras e indesejadas.

  1. Não pratique violência online e denuncie cyberbullying

Praticar cyberbullying significa usar o espaço virtual para ofender, intimidar ou hostilizar alguém. Mais comum entre crianças e adolescentes, a atitude é punida por lei se for interpretada como crime contra a honra.

Uma das formas de combater o cyberbullying é através da denúncia. Para isso, é importante não apenas copiar o link da postagem abusiva, já que ela pode ser apagada posteriormente, mas tirar prints do perfil do agressor e também dos comentários e encaminhar às autoridades responsáveis.

  1. Não deixe crianças usarem o PC sem controlo parental

A supervisão dos pais é indispensável para garantir uma navegação segura. Nesse sentido, ferramentas de controlo parental, como o SafeSearch, do Google, ajudam os responsáveis a proteger a privacidade dos filhos.

  1. Não visite sites fora da sua classificação etária

Ao contrário de filmes, séries e jogos, que possuem uma faixa etária recomendada, a Internet não apresenta classificação indicativa para todos os sites.

As autoridades já debatem atualmente a respeito da implementação de um sistema de classificações etárias na web, mas, até agora não existe nenhuma lei nesse sentido.

Os principais alvos da polêmica, alguns youtubers têm adotado um sistema de recomendações de conteúdo de acordo com a faixa etária nos seus canais. As próprias redes sociais, possuem uma idade mínima para utilização, que deve ser respeitada.

  1. Não use senhas fracas

Criar uma senha forte o suficiente para ação de invasores não tem nada a ver com criatividade, mas sim com estratégia. Utilize números aleatórios e caracteres especiais, e evite o uso de palavras muito comuns ou de sequências numéricas (1234, por exemplo). Além disso, é importante adotar uma senha diferente para cada conta de e-mail, e-commerce e rede social que você visita regularmente. Outra dica é tentar elaborar códigos que tenham o mínimo de oito caracteres.

Se o site ou aplicação oferecer a opção, incluir a verificação em duas etapas no registo, opte por este método. A funcionalidade tem o objetivo de dificultar acessos indevidos: quando o utilizador digita a senha, o serviço em questão envia automaticamente um PIN ou algum outro código para confirmar a identidade.

Lembrem-se! Cumpram estas regras pois a segurança começa em cada um de nós!

 

Equipa TIC

Vítor Pimentel, Francisco Ramos e Diogo Mateus